8 dicas para fazer seu filho comer melhor!

A criança não come… Acalme-se vamos conversar sobre isso.

A introdução alimentar deve ser feita em geral a partir dos 6 meses, mas o que é importante dizer que essa recomendação não serve para todos. Em alguns casos, pode ocorrer antes ou depois, depende do grau de desenvolvimento da criança. Nem todo bebê está pronto para comer aos 6 meses. Pode haver uma certa pressão por parte de familiares e amigos, mas o importante é seguir a orientação de um profissional de saúde. Na maioria dos casos quem auxilia a mãe é o próprio pediatra do bebê, ou é ele quem encaminha a criança para outros profissionais (fisioterapeuta, nutricionista, T.O., etc…) quanto necessário. Mesmo após os 6 meses, devemos começar de forma gradual, respeitando sempre o desenvolvimento do bebê (mamães fiquem tranquilas em breve teremos um post completo sobre introdução dos alimentos).

O que vamos falar hoje é sobre quando o pequeno começa a selecionar o que quer comer, quando ele recusa a cenoura que você tanto ama… a beterraba… o abacate…Alimentos que outras crianças comem com a boca mais gostosa do mundo… O que fazer? Como fazer? Onde estou errando? Ele não come!

Mamães e papais, esta é a situação mais comum do mundo, mas tem solução, vou dar umas dicas, vamos lá…

1 Comer é um prazer

Ainda vivemos a cultura do “é importante comer, não importa como”, isso é muito ruim, a alimentação, além de ser essencial para nossa sobrevivência, está relacionada com prazer, se a oferta de um alimento não acontecer de forma prazerosa, se começa com a criança sendo forçada a comer, por exemplo, é normal que aconteça a rejeição.

2 Cuide do ambiente

Ofereça os alimentos em um local agradável, sem barulhos e interferências de equipamentos eletrônicos, como televisão, tablet ou celular para não distrair a criança.

3 guloseimas não são troféus

Não brigue ou force a criança a comer, muito menos use chantagem ou recompensas, como por exemplo, “– Se comer todo o almoço, ganha sobremesa”. Desta maneira você reforça que a comida que esta no prato é ruim, que gostoso mesmo é a sobremesa. Outro erro, que cometemos (eu também sou mãe e já cometi esse erro…rs), é oferecer os alimentos que a criança tem preferência (como iogurtes, bolachas, bolo) quando a criança se recusa a comer por medo que ela fique com fome. Essa estratégia é vantajosa somente para a criança, que sempre irá recusar, para receber somente o que prefere. Pense nisso!

4 Seu humor interfere no apetite dele

Um estudo realizado na França com crianças de 5 a 8 anos e adultos mostrou que na mesa sofremos influência das emoções dos outros, ou seja, fazer cara feia em frente à comida pode ter um impacto maior do que se você falar “-Que delicia de salada” ou “-Você também vai adorar”.

5 DÊ exemplo

Coma junto com a criança, sorria sempre depois de comer e, quando possível, deixe ela te ajudar no preparo do alimento e montagem do prato, assim você estimula a curiosidade e interesse dela pelos alimentos.

6 Perseverança

Não tenha pressa, não desista do alimento, se seu filho parece não gostar de um tipo de alimento, tente de novo, mude a forma de preparo, para gostar é preciso experimentar, e experimentar várias vezes, pelo menos de 12 a 15 vezes para ter certeza se gosta ou não, então ofereça o alimento em várias receitas e formatos diferentes. A forma de preparo modifica a textura e até mesmo o sabor, é a repetição que diminui o medo de experimentar novos sabores.

7 Use a criatividade

A cenoura, por exemplo, podem ser oferecida de diversas formas: crua, cozida, ralada, em forma de suflê, purê, bolo, sucos e vitaminas. São muitas opções, eu sei… mas a internet está aí… rapidinho você acha algo novo e fácil de fazer!

8 cada um tem um gosto…

Agora se mesmo seguindo todas essas dicas a criança continuar recusando um tipo de verdura, de legume ou de fruta, pode ser apenas uma preferência de paladar, o que também é normal, e começa a aparecer por volta dos 5 anos de idade. A solução é oferecer outros alimentos com os mesmos nutrientes e vitaminas presentes nos alimentos que seu filho não gosta, há várias fontes naturais de um mesmo nutriente. O importante sempre será a oferta de uma alimentação balanceada, com a oferta de todos os grupos de alimentos.

Consulte sempre o pediatra ou um nutricionista para uma avaliação individual da alimentação e crescimento de seu filho.

Até a próxima!

Referências:

Aleitamento Materno e Alimentação Complementar; Série A. Normas e Manuais Técnicos Cadernos de Atenção Básica – n.o 23. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009.

Vitolo, Márcia R. Nutrição: da gestação a adolescência. Rio de Janeiro: Reichmann & Autores, 2003.

 

 

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